Executive Summary
Introdução
O desenvolvimento de uma ação de formação pode ser delineado apenas quando tiver sido definido um objetivo claro para a formação, o objetivo geral. Os objetivos específicos da formação pretendem clarificar qual a finalidade a ser alcançada no fim do programa de formação i.e. as competências e conhecimentos que se espera que os formandos sejam capazes de adquirir no fim da ação de formação. Os objetivos de formação auxiliam os formadores no desenvolvimento do programa de formação (SUDDERUDDIN 2006).
Dimensões da formação
Adaptado de NAUKRIHUB 2007
O formador: Antes de iniciar uma ação de formação, o formador analisa o seu perfil, nomeadamente, as suas competências técnicas, interpessoais e as suas técnicas para julgar e avaliar, de forma a poder adaptar-se e a disponibilizar conteúdos de qualidade aos seus formandos.
Os formandos: Uma ação de formação bem desenvolvida requer uma análise aprofundada dos formandos e dos seus perfis. A idade, experiência, necessidades e expetativas dos formandos são alguns dos fatores importantes que influenciam o desenvolvimento de uma ação de formação. Idealmente, esta análise é realizada antes do desenvolvimento da ação de formação para que esta seja adaptada às necessidades dos formandos (em Inglês).
Ambiente na formação: Um bom ambiente é importante para obter o resultado pretendido da formação. Se não existir um bom ambiente, pode tentar utilizar algumas estratégias para colocar os formandos mais à vontade (em Inglês) e criar empatia e uma atmosfera mais agradável.
Processo de aprendizagem: O modelo e técnica pedagógica a utilizar deve ter em conta fatores tais como, a idade, a experiência, a escolaridade e a área de formação dos formandos de forma a se adotar uma linguagem adequada e capaz de transmitir a informação pretendida. O conhecimento dos princípios básicos da aprendizagem de adultos (Aprendizagem de Adultos) pode ajudar na adaptação dos conteúdos programáticos aos diferentes processos de aprendizagem dos seus formandos.
Programa de formação: Após identificar os objetivos de formação, o formador prepara o programa de formação em diferentes módulos. È preparada uma lista de prioridades sobre o que deve ser incluído e o que pode ser ser incluído.
Conteúdos da Formação: Uma vez desenvolvido o programa de formação, o formador decide sobre o seu conteúdo. O formador deve estruturar os conteúdos da formação de uma forma compreensível, de modo a ajudá-lo a não se esquecer de nada e para que os formandos saibam o que esperar da formação.
Logística: Existem centenas de coisas que são necessárias para realizar uma ação de formação, desde preparar a sala de formação aos pioneses para o quadro de cortiça. Leia a página dedicada ao inventário do material necessário para a formação (em Inglês) de forma a assegurar que se esquece de nada.
Constrangimentos: Os vários constrangimentos que pesam na mente dos formadores são:
- Tempo;
- Alojamento e instalações, e respetiva disponibilidade;
- Mobiliário, material e equipamento;
- Orçamento e programa da formação.
Etapas para o planeamento de uma ação de formação
Desenvolver uma ação de formação ou um curso pode ser realizado seguindo um simples processo “passo a passo”. O processo pode ser tão complexo ou tão simples conforme a necessidade, considerando os formandos e os objetivos da formação. Siga estas etapas e a sua ação de formação será fácil de ensinar e de aprender (adaptado de GWA 2003):
Etapa 1: PARA QUEM? Decida para quem a ação de formação está direcionada. Especifique os seus níveis de experiência, faixa etária, género, competências, etc. Quantas pessoas irão participar? Pense sobre o seu nível atual de conhecimentos das questões relacionadas com a GISA e o seu nível de motivação para frequentar uma ação de formação.
Etapa 2: Escreva uma ou duas frases sobre o objetivo da ação de formação. PORQUÊ é que estas pessoas precisam de formação? Relacione isto com as responsabilidades profissionais dos participantes ou, no caso de ações de formação para a comunidade, com problemas específicos que a comunidade esteja a enfrentar. Verifique, ainda, se existe algum motivo particular que justifique o momento escolhido para se realizar a formação tais como novas políticas ou recomendações, problemas particulares que tenham surgido, novas questões que passaram a ser abordadas na GISA, ou o seguimento de uma formação anterior.
Etapa 3: PARA QUÊ? O que espera que os participantes/organização/comunidade ganhem com a formação? Isto é similar à questão anteriormente referida, mas com uma ênfase ligeiramente diferente. Uma ação de formação tem um período de tempo curto, por isso é importante ser realista sobre o que uma ação de formação pode alcançar. O que, realisticamente, espera que a formação por si só irá conseguir? O que espera que se altere em resultado da formação? Reveja a descrição e o âmbito e identifique entre um a três objetivos. Para o ajudar a escrever os objetivos, pense num verbo de ação e faça a ligação a algo que o formando irá ser capaz de fazer após a conclusão da ação de formação.
Etapa 4: QUANDO será realizada a ação de formação? Pense sobre os compromissos que os participantes possam ter. Será mais apropriado uma ação de formação concentrada no tempo ou uma série de sessões individuais? Qual será a duração da ação de formação? Divida o curso em diferentes sessões – pode dividir as diferentes sessões de acordo com os objetivos e criar uma sessão para cada objetivo ou agrupando objetivos se estes estiverem relacionados. Determine qual será a duração de cada sessão. O formador decide quanto tempo irá precisar para ensinar os objetivos e avaliar o resultado obtido em cada sessão.
Etapa 5: O QUE irá o curso abranger? Tenha em mente o que foi referido anteriormente – os participantes, as necessidades da instituição, e as restrições de tempo – pense sobre as questões abordadas na GISA e faça uma lista dos assuntos a incluir na ação de formação. Irá precisar de conteúdo para cada sessão. Pretende focar apenas em ferramentas de implementação específicas (em Inglês)? Pretende abranger o conceito (Introdução à Gestão Integrada e Sustentável de Água, Saneamento e Segurança Alimentar) de Gestão Integrada e Sustentável de Água, Saneamento e Segurança Alimentar e/ou quer focar em COMO proceder à GISA (Introdução ao Processo de Planeamento Participativo)? Pode encontrar os conteúdos nas respetivas seções da ferramenta online, incluindo documentos de leitura complementar que pode querer recomendar aos seus formandos.
Etapa 6: Desenvolva atividades que utilizem os documentos de referência. Estas atividades podem ser discussões, relatórios ou projetos. Podem ser trabalhos individuais ou trabalhos de grupo, com classificação ou não. Estas atividades podem ser utilizadas para avaliar se os formandos atingiram os objetivos pelas normas de avaliação definidas.
Etapa 7: A etapa final em cada sessão de formação é a revisão da matéria dada, das atividades terminadas e das tarefas executadas, e avaliação realizada para assegurar que os objetivos foram alcançados.
Cada ação de formação precisa de um planeamento individual, dependendo dos formandos, objetivos, tempo disponível, etc. O processo sequencial por etapas descrito neste documento pode ser utilizado durante o planeamento de qualquer formação e oferece dicas úteis que devem ser consideradas.
Gender Mainstreaming: Practical Skills and Critical Analysis ODG
This module is a guide to developing and implementing Training of Trainers (TOT) workshops. The overall objective of the module is to equip the participants with the knowledge and skills required to design and conduct practical training courses in mainstreaming gender in IWRM. The module is supposed to be used as a manual to be able to deliver culturally specific training of trainers.
GWA (2003): Gender Mainstreaming: Practical Skills and Critical Analysis ODG. Dieren: Gender and Water AllianceTraining and Development
Designing a Training Program
A presentation which was held in Kabul during a workshop. It presents a way to make a training program and is divided in eight steps which help to improve a training program.
SUDDERUDDIN, K. I. (2006): Designing a Training Program. Afghanistan: Singapore International Foundation URL [Accessed: 07.05.2012]Gestão da Formação
O curso de "Gestão da Formação" foi concebido e organizado para ser desenvolvido à distância, num modelo de formação híbrida. Tem por objetivo proporcionar aos formadores o desenvolvimento de competências ao nível da gestão, coordenação, acompanhamento e avaliação da formação, através de uma metodologia flexível e ativa, que tem em conta os seus ritmos de aprendizagem e disponibilidades, e que procura, através de atividades práticas de aplicação, a consolidação das competências visadas.
BAPTISTA, F. FELICIO, J. LENCASTRE, J. (2003): Gestão da Formação. Referenciais de Formação Pedagógica Contínua de Formadores. Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) URL [Accessed: 18.03.2014]Language: Portuguese
Elaboração de Programas de Formação
Modelo constituído por um quadro-programa e um conjunto de documentação complementar.
DIAS, J. (1999): Elaboração de Programas de Formação. In: Formar Pedagogicamente: Volume 7 URL [Accessed: 24.03.2014]Language: Portuguese
Manual Base do Formador
Manual destinado aos formadores e incluído no curso de "Formação Inicial de Formadores" e visa proporcionar a futuros formadores e outros agentes, o desenvolvimento de competências, atitudes e capacidades adequadas ao início da atividade nesta função, numa perspetiva de permanente valorização e atualização pessoal, profissional e social. Este documento foca os desafios, vantagens e desvantagens do ensino por um sistema de “e-learning”, forne as ferramentas para a construção do modelo, da estruturação de um curso e das unidade de aprendizagem, fornem ferramentas para a redação dos conteúdos, sugestões de atividades e avaliação.
GODINHO, A. (2007): Manual Base do Formador. Formação Inicial de Formadores. (= Versão 01 ). ISLA Bragança URL [Accessed: 18.03.2014]Language: Portuguese
Manual de Animadores de Saneamento
Manual direcionado para a Educação Sanitária no âmbito do Programa Nacional de Saneamento a Baixo Custo (PNSBC) que pretende ser um instrumento para o desenvolvimento de atividades de atuais e futuros animadores de saneamento. Este é constituído por uma parte em que se faz uma abordagem dos componentes que integram o saneamento do meio e uma segunda constituída pelos principais métodos e técnicos usados na Educação Sanitária.
INDER ; PNSBC (1995): Manual de Animadores de Saneamento. Maputo: Instituto de Desenvolvimento Rural (INDER), Programa Nacional de Saneamento a Baixo Custo (PNSBC) URL [Accessed: 30.05.2014]Language: Portuguese
Aplicação Planeamento da Formação
Aplicação informativa desenvolvida pelo IEFP que contém um manual com a finalidade de transmitir um conjunto de conhecimentos, auxiliados por instrumentos de análise, de modo a constituir um suporte básico relevante para a melhoria contínua do desempenho das organizações, realçando a importância dos modelos de excelência, das técnicas de avaliação e respetivos indicadores de desempenho, e a necessidade de uma atitude objetiva orientada para o estabelecimento de planos de melhoria e técnicas de auditoria, de forma a potenciar o interesse pela sua implementação e utilização sistemáticas. Contem diversos documentos para o desenvolvimento de planos de formação, planos de sessão, planos de avaliação, informações a reter, ligações úteis, testes e conceitos-chave.
IEFP (n.y): Aplicação Planeamento da Formação. Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) URL [Accessed: 18.03.2014]Language: Portuguese
http://elearning.iefp.pt/
Curso em sistema “e-learning” vocacionado para formadores em início de carreira que necessitam de desenvolver ou aperfeiçoar as suas capacidades pedagógicas.
http://www.pmelink.pt/
Informação relativa aos diferentes passos para a preparação de um plano de formação.